Conversas com o pensamento 
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Solidão (2000)
Solidão (2000)

Tu és, solidão, doce companhia

Quando o silêncio aviva certos medos

E as sombras dançam em louca agonia

Ferindo o coração com seus segredos.

 

E que intensa e divina calmaria

Vem de ti, quando os pobres arremedos

De sonho, tu transformas em magia

E a vida tu enfeitas com folguedos.

 

Lá no fundo, eu sabia, velha amiga,

Que em teu ombro eu choraria este pranto

E em teu colo, esta dor demais antiga.

 

Seria da ilusão o desencanto -

Sofrida angústia que se fez fadiga

De um viver já perdido e sem encanto.

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