Transparente água que tortuosa corre
Por íngreme descida: lesta e fria.
Doce canção que no silêncio morre,
canto intato que exala melodia.
Extenuada e branda agora escorre
Tranquila e lenta rumo à calmaria.
Transparente remanso que percorre
O sinuoso caminho da poesia.
Ah! Encantada água que desperta
Intensa sensação de acolhimento
Amor que se mistura com saudade.
Espelho a refletir a alma deserta
Que descobre no alheio riso, alento
Para entender tão seca realidade.