Esperar-te alimenta meu desejo!
No encanto do mais íntimo momento
Vou buscar na emoção do antigo beijo
Faísca que reviva o sentimento.
Ao passado voltando, num lampejo,
Recordo a dor de oculto ferimento,
Que fragilidade o amor que tanto almejo,
Expondo o coração ao sofrimento.
Ah! Se poluir-te é pura utopia,
Vivo intensamente está fantasia,
Porque é doce capricho da paixão.
Este querer que a solidão habita,
É feitiço, afeição que o peito agita,
Saudade que devora o coração!