Meu querido amor, diga-me onde estás?
Por que não ouço mais tua doce voz?
Por que plantaste em mim dor tão feroz?
Meu querido, até quando tardarás?
Onde posso ver-te? Na flor lilás
A relembrar esta saudade atroz?
Na lua sempre plena para nós?
Diga-me logo, quando voltarás?
Ah, meu querido, é vã minha ilusão.
Partiste para nunca mais voltar.
Deixaste-me terrível solidão.
Contudo, estarei sempre a te buscar,
E contigo, em eterna comunhão,
Sigo capenga este meu caminhar.